RESENHA: Convergente

“Existem tantas maneiras de ser corajoso nesse mundo. Às vezes, coragem significa abrir mão da sua vida por algo maior do que você ou por outra pessoa. Às vezes, significa abrir mão de tudo o que você conhece, ou de todos os que você jamais amou, por algo maior.
Mas, às vezes, não.
Às vezes, significa apenas encarar a sua dor e o trabalho árduo do dia a dia e caminhar devagar em direção a uma vida melhor.
Esse é o tipo de coragem que preciso ter agora.”


Eu não vou ficar me prolongando muito na história de Convergente por que ele é uma conclusão. Toda história, todo o enrendo vai girar em torno de uma coisa, e se eu contar essa coisa vai perder a graça do livro, e eu não gosto de contar spoilers. Então vamos lá.
Após todas as revelações feitas pela autora no livro anterior, depois de todas as atitudes tomadas por Tris e Tobias, eles se veem em um beco sem saída. Mesmo derrotando Jeanine, as coisas para eles só tendem a piorar.
Com Evelyn agora no poder, os sem-facções estão tomando tudo o que um dia foi da Franqueza, da Abnegação, da Erudição, da Amizade, e até mesmo da Audácia, fazendo com que as facções fiquem extintas. Após ver o vídeo de Edith Prior, Beatrice está a procura de paz, e a única alternativa encontrada, é deixar o complexo onde elá está, e atravessar a cerca.
Chegando neste novo mundo, até então desconhecido, eles são expostos a revelações de algo que eles acreditavam ser verdade. E a partir dai que a história começa a se desenrolar.


Confesso que até mais da metade do livro ele estava muito chato, mas muito mesmo. Não sei se foi só comigo, mas depois do final de Insurgente, da reviravolta da história, eu esperava que Convergente fosse melhor, mas não. A história foi muito massante, não fluía, não se aprofundava em certos assuntos, e quando se aprofundava era pra fazer observações inúteis, e irrelevantes.
Achei o enredo muito falho em vários aspectos. Resoluções de problemas muito fáceis. Por ser o encerramento de uma saga, esperava algo melhor, tinha ser épico, e não essa coisa chata que foi Convergente.
O que eu acho bem legal em alguns livros, é intercalar a narração de alguns personagens,pois assim fica mais fácil de compreender a história, entender o ponto de vista de outra pessoa, e esse método foi usado pela autora, mas de uma forma muito ruim, os capítulos eram intercalados entre Tris, e entre Tobias, mas não dava para diferenciar uma narrativa da outra. Era tão confuso, que as vezes eu estava lendo, e não sabia quem era que estava narrado, tinha que ir no começo do capítulo pra conferir o nome. Isso não é nada legal em uma história, parece que os personagens não tem personalidade própria.
Como disse anteriormente, até a metade do livro estava muito entediante, mas depois, logo no finalzinho, quando o livro já estava acabando, ele me prendeu, não ficou melhor, mas fiquei curioso com o final. Pra quem já leu o livro, sabe muito bem o que acontece, e sinceramente, eu gostei da forma como a história foi encerrada. Apesar de ser muito triste, gostei da ousadia de Veronica Roth.



Eu deixo bem claro que esta é minha opinião, ninguém é obrigado a gostar, ou a concordar, mas é o que eu penso.
Creio eu que a autora tinha em suas mãos, um material excelente, que renderia sim livros ótimos, com uma qualidade muito superior. Não sei o que foi que aconteceu, mas no meu ponto de vista, Veronica Roth se perdeu no decorrer da história, que vendo como um todo, começou muito bem, decaiu no meio, mas no final conseguiu encerrar com dignidade pelo menos.
Divergente foi bom do começo ao fim, teve uma boa introdução de história, nos apresentando os personagens, o universo, e o melhor de tudo, deixando nós leitores com um gostinho de quero mais. Já em Insurgente o livro começou muito ruim, muito chato, monótono, queria abandonar a séries, mas com um final daqueles, fiquei de queixo caído, e não conseguiria mais abandonar este universo. Já em Convergente, eu fui com as expectativas lá em cima, e me decepcionei muito, o livro foi ruim, mas com um final bom.
Como um todo, a saga Divergente foi boa, nada demais,nada que vá mudar minha vida, nada que me fez fazer reflexões sobre a vida, e nem nada  do tipo. Foi um bom entretenimento, não posso negar, me diverti, me decepcionei, me emocionei, fiquei curioso. Então não posso tirar o mérito da autora. Agora só nos resta esperar pelo menos um filme divertido tanto quanto foi o livro.


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